A identificação de Albert Camus com o estilo existencial e de pensamento nietzschiano manifesta-se na profusão de referências nos seus cadernos, abrangendo temas como a dor, a vida filosófica, o amor fati e a figura do filósofo artista, configurando um autoportrato fragmentado que eleva Camus à categoria de um dos maiores filósofos nietzschianos do século XX, distinguindo-se das leituras puramente acadêmicas, desconstrucionistas ou politizadas de figuras como Martin Heidegger, Gilles Deleuze ou Jacques Derrida, ao tomar Nietzsche como um convite prático à vida filosófica e à coerência entre concepção e vivência.